45 anos depois do fecho do Campo de Concentração do Tarrafal, toda a sua história num grande romance da lusofonia. António Lobo Antunes é perentório. Diz que este livro “é bom como o pão.”
Toda a gente já ouviu falar do Tarrafal. Foi criada em Cabo verde por Salazar para silenciar os opositores do regime. A maior parte era prisioneiros políticos. Começaram a ser levados para lá em 1936.
Nos 45 anos do encerramento do campo de concentração, Mário Lúcio Sousa, nascido no Tarrafal, toma a voz de vários prisioneiros chamados Pedro e chegados em diferentes vagas de Portugal, da Guiné, de Angola e até de Cabo Verde.
E, ao relatar a história desta prisão terrível e de quem a foi dirigindo ao longo dos anos, o presente romance homenageia simultaneamente os que ali perderam a vida e os que sobreviveram ao horror e ainda os vários modos de falar uma língua que foi, tantas vezes, a que os tramou e a que os viria a salvar.
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